Mundo | 14 de fevereiro de 2013

França admite administrar “sedação profunda” a pacientes terminais

Governo socialista quer legalizar a eutanásia
França admite administrar sedação profunda a pacientes terminais

Um polêmico e delicado assunto, a eutanásia, ganhou novo capítulo na última semana, na França. Pela primeira vez, o Conselho de Médicos admite a possibilidade de administrar uma “sedação terminal” aos pacientes que fizerem o pedido de forma lúcida e reiteradamente.

No dia 6 de fevereiro, 250 médicos enviaram uma carta ao presidente François Hollande, protestando em defesa de um colega acusado de envenenar sete pacientes terminais. Segundo o Instituto Nacional de Estudos Demográficos da França, por ano são registrados 3 mil casos de eutanásia no País.

O parecer dos médicos vai ao encontro da Lei Leonetti, de 2005, que busca uma nova regulamentação para uma morte digna, prometida pelo presidente socialista François Hollande, durante as eleições de 2012. A lei foca os tratamentos que ajudam a aliviar sintomas “mas não oferecem soluções para certas agonias prolongadas nem para dores psicológicas ou físicas”.

O documento afirma que, a partir do momento em que um grupo de profissionais considere que os cuidados médicos são ineficazes, poderá ser feita uma “sedação adequada, profunda e terminal às pessoas afetadas por uma enfermidade irreversível que tenham feito a solicitação (de eutanásia) de forma persistente, lúcida e reiterada”.

 

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