Geral | 25 de janeiro de 2013

Brasil volta a produzir insulina

Parceria com laboratório ucraniano viabilizou a iniciativa que será desenvolvida em Farmanguinhos e deverá estar em escala industrial em três anos
Brasil volta a produzir insulina

O Ministério da Saúde (MS) anunciou na última semana o início da produção de cristais de insulina – princípio ativo deste medicamento, utilizado no tratamento de diabetes – por meio do Laboratório Farmanguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz. O acordo amplia a oferta de insulina aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), uma vez que o ministério adquiriu 3,5 milhões de frascos do medicamento, quantidade que será entregue no Brasil até abril e que poderá chegar a 10 milhões até dezembro, se necessário.

A previsão do Governo Federal é que em três anos – até 2016 – o Brasil produza Insulina NPH em escala industrial, de acordo com a parceria entre o Ministério da Saúde e o laboratório ucraniano Indar – um dos três produtores de insulina no mundo com quem o MS tem acordo para transferência de tecnologia para a produção nacional do medicamento. Estudos mostram que 7,6 milhões de brasileiros têm diabetes. Destes, cerca de 900 mil dependem exclusivamente do SUS para a obtenção de insulina.

Cronograma

Um novo cronograma de entrega de Insulina NPH pelo laboratório Indar foi estabelecido a partir da revisão da parceria entre a empresa ucraniana e a Fiocruz. O início da produção de cristais de insulina pela Fiocruz começa este ano. A fábrica de produção dos cristais (princípio ativo do medicamento) estará estruturada em 2014. No ano seguinte, serão realizados os testes, qualificações e ajustes técnicos para a validação das instalações produtivas.

A transferência de tecnologia pelo laboratório Indar à Fiocruz estará concluída em  2016 para iniciar a produção de insulina em escala industrial. E, no ano seguinte, o Brasil estará preparado para a fabricação em grande escala do medicamento. Calcula-se que a parceira entre a Fiocruz e o laboratório Indar resulte em uma economia total de R$ 1,3 bilhão para o governo brasileiro (considerando também a redução no preço dos insumos).

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