Às 23h do dia 30 de junho foi iniciado o atendimento do Hospital da Restinga e Extremo Sul, a mais nova instituição hospitalar de Porto Alegre. Construído com o conceito do Hospital Moinhos de Vento, a instituição é voltada para a comunidade da região sul da capital,  equivalente a 110 mil habitantes dos bairros Restinga, Lageado, Lami, Belém Novo, Ponta Grossa e Chapéu do Sol.

Inicialmente, estão abertos os setores de Pronto Atendimento, com 25 leitos e capacidade para atender até 13 mil pacientes adultos e pediátricos ao mês. Estão disponibilizados, ainda, 62 leitos para internação. A administração é feita pela Associação Hospitalar Moinhos de Vento (AHMV). “Quando um hospital é inaugurado, as portas não se fecham mais e as luzes nunca se apagam”, resumiu Fernando Torelly, Superintendente Executivo do Hospital Moinhos de Vento, que atendeu a equipe do portal Setor Saúde durante a visita. Até o meio-dia do dia 1º de julho, 80 pessoas já haviam sido atendidas.

O complexo tem 19.148 m² de área construída, cedida pela prefeitura. O Hospital da Restinga e Extremo Sul ainda não está com toda a sua estrutura inaugurada. A intenção é abrir novos leitos a cada 30 dias. “Tem que ser assim. A liberação é gradual para podermos testar tudo”, explicou Torelly (Foto).

O hospital foi construído com recursos – R$ 110 milhões – de certificação da filantropia obtida pelo Moinhos de Vento. A Associação participa do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), do Ministério da Saúde, em que recursos de isenções fiscais são usados em projetos para melhoria do SUS.

Entre as novidades que serão inauguradas está um setor de ensino. “Teremos também uma escola para formar profissionais da comunidade, que futuramente trabalharão conosco”, revelou o superintendente. Também há uma sala de espera para aqueles que estão prestes a receber alta. Assim, os leitos são liberados de forma mais ágil.

Através de um sistema integrado com postos de saúde e com o próprio Moinhos de Vento, a instituição realiza exames laboratoriais, ecografia, eletrocardiograma, Holter, Mapa, ecocardiograma, endoscopia digestiva alta e baixa, além de raio- x e tomografia digitais. “A interpretação é feita pelas equipes no Moinhos de Vento e o histórico fica registrado. Assim, não há necessidade de repetir exames”, disse Torelly.

O conceito de sistema regional de saúde, adotado no empreendimento, foca na prevenção. “Queremos evitar que o paciente fique doente e, se ficar, temos estrutura para atender. Se houvesse mais cinco hospitais com essa estrutura em Porto Alegre, acabaria a sobrecarga no setor”, concluiu Fernando Torelly.

A inauguração oficial do Hospital da Restinga e Extremo Sul está programada para o dia 4 de julho, com a presença da presidente Dilma Rousseff.