Gestão e Qualidade | 6 de março de 2014

Manual Operacional auxilia na implantação do Teste NAT em todo o Brasil

Ana Zimmermann, Coordenadora do Grupo de Hemoterapia da FEHOSUL, analisa o documento do Ministério da Saúde
Manual Operacional auxilia na implantação do Teste NAT em todo o Brasil

Desde o dia 10 de fevereiro, tornou-se obrigatória a adoção do Teste NAT para todos os serviços de saúde, sejam públicos ou privados. A implantação, uma antiga reivindicação do Grupo de Hemoterapia coordenado pela FEHOSUL, assegura maior segurança nos procedimentos hemoterápicos.

Para fortalecer a nova medida, o Ministério da Saúde publicou o Manual Operacional para a Implantação e Rotina dos Testes de Ácidos Nucleicos (NAT) em Serviços de Hemoterapia. “O documento é importante e pertinente para os serviços de hemoterapia públicos e privados contratados pelo SUS para atender à obrigatoriedade de sua implantação conforme Portaria 2.712 (12 de novembro de 2013) do Ministério da Saúde. A instalação das plataformas NAT na Hemorrede Nacional busca a realização do NAT brasileiro em 100% das bolsas de sangue oriundas de doação voluntária, diminuindo assim o risco de transmissão de patógenos por transfusões de sangue”, destaca a presidente do Sindicato de Hospitais e Estabelecimentos de Saúde da Região Centro, médica Ana Maria Zimmermann, coordenadora  do Grupo de Hemoterapia da FEHOSUL.

A especialista acredita que a adaptação à obrigatoriedade não ocasiona dificuldades para a implantação em todo o território nacional. “Há 10 anos os Serviços de Hemoterapia privados do País lutam pela sua implantação, estando preparados para realizar os testes com qualidade, segurança e logística adequadas, especialmente para permitir a liberação das plaquetas (que tem uma duração de apenas cinco dias), em no máximo 24 horas após a doação do sangue”.

Entretanto, Ana Zimmermann ressalta que, na área da saúde suplementar, a remuneração ainda é um ponto a ser adequado. “Várias operadoras passaram a oferecer estes testes no mês de fevereiro, atendendo à Portaria 2.712. Porém, outras estão oferecendo sérias resistências para sua implantação, inclusive propondo valores irrisórios para o custeio desta tecnologia complexa e dispendiosa”, alertou.

VEJA TAMBÉM