Todos os dias, dezenas de profissionais da saúde lidam com pacientes que se negam a seguir recomendações médicas e acabam interrompendo o tratamento precocemente. Em casos de vício em drogas, por exemplo, é comum ver a pessoa ir e vir para o hospital sem ouvir os conselhos do profissional. Neste cenário, é muito fácil, para um médico, perder a esperança. O artigo foi escrito por Jenny Hartsock, para o portal Kevin MD, dos EUA. A “fadiga de compaixão” (compassion fatigue), também conhecida como estresse traumático secundário ou ainda Estresse Pós-traumático Secundário, é uma condição caracterizada por diminuição gradual da compaixão ao longo dos anos, muito comum entre os profissionais da saúde.

Como você mantém seu próprio bem-estar e sanidade ao notar esse ciclo? No núcleo da saúde, todos estão juntos para ajudar as pessoas. A dependência tóxica é uma doença desafiadora, mas é uma doença. Não é uma falha moral e nem uma escolha. Pode ser muito difícil separar as emoções e preconceitos pessoais do trabalho com o paciente, mas é necessário fazê-lo. Se concentrar no que é melhor para aquele paciente é a única coisa que importa.

Não leve o estresse para a casa. Deixe-o na porta e saiba que você fez tudo o que pôde. É necessário priorizar sua própria saúde mental e emocional para continuar sendo excelente profissional.

Se você não quer deixar que sentimentos de estresse continuem acumulando-se sem controle, tente seguir essas 7 dicas no seu cotidiano:

1 – Converse com seus colegas de trabalho sobre o problema

2 – Peça ajuda aos seus colegas quando você precisar

3 – Pratique a meditação e a auto-reflexão

4 – Faça ioga ou algum tipo de exercício

5 – Tire um tempo livre quando você precisar

6 – É importante não se culpar em dizer que precisa de um tempo para descansar ou refletir

7 –  Se envolva mais – pode fazer parte da solução, neste caso, o voluntariado em um centro de reabilitação de drogas ou ajudar a melhorar o acesso a recursos para dependentes, pode restaurar o significado para seu trabalho diário

Mas acima de tudo, saiba que há muitos passando pelo mesmo. Se formos abertos e honestos sobre nossas lutas como profissionais da saúde, podemos passar por elas juntos.