Geral | 5 de agosto de 2014

5 de agosto: Dia Nacional da Saúde, da Farmácia e do Médico Patologista

Data destaca três setores fundamentais para o bem-estar da sociedade
dia da saúde e patologista

Instituído em 1967, o Dia Nacional da Saúde é celebrado em 5 de agosto. A data faz homenagem ao nascimento de Oswaldo Cruz, um dos principais médicos da história brasileira da história.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a saúde como um “estado de completo bem-estar”, determinação criticada por diversas setores, já que implica em algo idealizado, inatingível e que dificilmente poderia ser usada pelos serviços de saúde.

O Dia da Saúde serve para enaltecer que uma vida saudável vai além de não ter doenças ou receber boas notícias em uma consulta médica. O equilíbrio orgânico, físico e mental é fundamental e requer alimentação regrada, prática de atividade física, cuidados com a higiene e descanso. A data também promove a educação sanitária e instiga a consciência da população sobre um tema de vital importância.

Oswaldo Cruz, falecido em 1917 com apenas 44 anos, foi pioneiro no estudo de doenças tropicais e da medicina experimental no Brasil. Além da inestimável contribuição na erradicação de epidemias de peste bubônica, febre amarela e varíola, contribuiu para a estruturação das ações de saúde pública, para a criação do Instituto Soroterápico Federal (atual Fundação Oswaldo Cruz) e para a fundação da Academia Brasileira de Ciências. Quatro anos antes de morrer por insuficiência renal, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, em 2012, a expectativa de vida do brasileiro, em crescimento, passou para 74,6 anos. Se comparada há dez anos, a esperança de vida aumentou mais de três anos, já que em 2002 era de 71 anos.

Dia Nacional da Farmácia

Também celebra-se em 5 de agosto o Dia Nacional da Farmácia, homenagem a  um setor tão intimamente ligado  à população.

As atividades relacionadas à farmácia tiveram origem por volta do século X, com as boticas ou apotecas. Nesse período, a medicina e a farmácia eram uma só profissão. Era função do boticário conhecer e curar doenças, além de cumprir uma série de requisitos e ter local e equipamentos apropriados para a preparação e armazenamento de medicamentos. No Brasil, a profissão surgiu no período colonial. O boticário manipulava os produtos de acordo com a farmacopeia e a prescrição médica. Trazido de Portugal pelo governo real, o primeiro boticário no Brasil foi Diogo de Castro. O primeiro curso de farmácia foi criado em 1832, no Rio de Janeiro, um ano após a profissão ser regulamentada.

A partir de 1950, a sociedade passou a dispor dos serviços das farmácias e da qualificação do farmacêutico. Em 1961, foi criado o Conselho Federal de Farmácia (CFF), que tem como função inscrever os profissionais, registrar as empresas, fiscalizar o exercício das atividades farmacêuticas e zelar pela integridade profissional.

Para o coordenador do curso de farmácia hospitalar do IAHCS, Dr. Josué Schostack, a industrialização prejudicou a profissão. “Estamos voltando à ideia das antigas boticas, onde o farmacêutico era valorizado.” Segundo ele, o século XXI tem sido marcado por alterações radicais na profissão.

“O farmacêutico está atrás do balcão vendendo, e a ideia da profissão não é essa, mas sim de alguém que orienta para o melhor tratamento que envolve um medicamento. É uma evolução, porque a população quer um farmacêutico mais atuante, não apenas uma ligação entre médico e paciente. Legislações exigem que o profissional passe o tempo todo na farmácia, mas essa visão está mudando”, considerou Schostack.

Dados do CFF afirmam que o número de farmacêuticos no Brasil em 2010 era de quase 143 mil, sendo que 52.176 (36,5%) estão nas capitais e 90.665 (63,5%) no interior. Em 2010, eram 82.204 farmácias e drogarias, 7.351 farmácias de manipulação, 1.053 homeopáticas, 5.631 hospitalares, 5.993 laboratórios de análises clínicas, 532 indústrias farmacêuticas e 3.821 distribuidoras de medicamentos.

Dia do Médico Patologista

Além do Dia Nacional da Saúde e do Dia Nacional da Farmácia, o 5 de agosto também faz referência ao Médico Patologista, especialidade imprescindível no diagnóstico de doenças. Responsáveis por identificar os tratamentos mais adequados para os pacientes, os patologistas têm entre suas funções o diagnóstico do câncer, ao definir se o tumor é maligno ou benigno.

São também os profissionais que decidem se um órgão é adequado ou não para transplante. São também protagonistas no tratamento dos pacientes transplantados e em doenças inflamatórias e infecciosas.

Há dois anos, o Movimento Médicos Patologistas do Rio Grande do Sul luta para reivindicar direitos e buscar mais visibilidade junto à população. “Queremos valorizar o patologista, tornar ele conhecido da sociedade, porque a maioria não tem noção do que é ele e qual sua importância, até por uma questão burocrática”, analisa a Dra. Tamara Mattos, patologista e coordenadora do movimento. “Somos responsáveis pela maioria dos diagnósticos, apontamos a extensão de uma lesão, auxiliamos cirurgiões e clínicos. O laudo do patologista define oficialmente se o paciente tem uma doença e qual sua gravidade”, complementou. O Movimento mantém um site com informações sobre as empresas do Rio Grande do Sul, acesse www.medicospatologistas.org.br

Em 2014, a Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) comemora 60 anos em meio à luta por valorização. A atuação do grupo de patologistas gaúchos junto à SBP foi essencial para a aprovação da Lei do Ato Médico, especialmente em relação à inclusão de artigo que estabelece exames anatomopatológicos como atos privativos de médicos. A Resolução CFM 2.074/2014 foi baseada em proposta que disciplina as responsabilidades médicas no exercício da especialidade e exige relações profissionais éticas, sem viés comercial, em benefício do paciente.

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