Gestão e Qualidade | 10 de agosto de 2016

Hospital Moinhos inaugura Centro de Oncologia de referência mundial

Com tecnologia inédita, capacidade de atendimento será ampliada em 30% na nova unidade
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O Hospital Moinhos de Vento realizou, na manhã do dia 10 de agosto, a abertura oficial do Centro de Oncologia Lydia Wong Ling. Anunciado pela primeira vez em 2015, a nova e moderna unidade da instituição proporcionará um atendimento centrado no paciente, oferecendo avanços tecnológicos aliados ao cuidado de profissionais de excelência, com o mais alto padrão internacional. Veja as fotos da estrutura nova no final da matéria.

“Temos a oportunidade de proporcionar à sociedade o que existe de melhor e mais avançado no tratamento do câncer, com o mesmo padrão de diagnóstico e cuidado dos principais centros de referência mundiais, em busca da cura desta doença. Com este nosso desafio, de se superar a cada dia, quem se beneficia é o paciente e sua família, completando o ciclo de retribuição da Instituição à comunidade que a acolheu e na qual exerce a sua missão”, ressalta o Superintendente Executivo, Mohamed Parrini.

Hospital Moinhos inaugura Centro de Oncologia de referência mundial

Dr. Sérgio Roithmann,  Mohamed Parrini (Superintendente Executivo) e Dr. Luiz Antônio Nasi

 

Em entrevista coletiva, o chefe do Serviço de Oncologia, Dr. Sérgio Roithmann, destacou que “com esse centro, queremos discutir com mais profissionais sobre o melhor procedimento, como se faz nos EUA. Desde o ano passado, já fazemos reuniões diárias e semanais para debater os casos. Esse chamado colegiado médico é uma evolução. Com o Centro de Oncologia Lydia Wong Ling, também vamos ganhar velocidade no tratamento”.

Segundo informações do Hospital Moinhos de Vento, o investimento de R$ 30 milhões permitiu que os três pavimentos que hoje compõem o Serviço de Oncologia fossem remodelados, “transformando-o no Centro de Oncologia mais moderno do Sul do país e um dos principais núcleos de referência no tratamento da doença.”

“Há 10 anos, o Hospital Moinhos de Vento decidiu por em prática um novo planejamento estratégico. Primeiro com a acreditação (da Joint Commission), depois com a filiação junto à Johns Hopkins. Criamos um programa de expansão no qual já investimos R$ 350 milhões. É um plano de longo prazo, sem sobressaltos em momentos de crise, nem euforia nas horas boas. Buscamos um padrão igual ao dos principais centros mundiais”, acrescentou Mohamed Parrini.

A atuação será no tratamento e diagnóstico das principais manifestações da patologia: mama, próstata, colorretal, pulmão e hematológica. Somando, as quatro primeiras correspondem a quase 80% dos cânceres existentes. Já a neoplasia hematológica se destaca entre jovens. O aumento da longevidade associado ao tabagismo, dieta inadequada e a um estilo de vida sedentário contribuem para a incidência da doença. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que, entre 2016 e 2017, ocorram 600 mil novos casos. E para os próximos anos, esses dados são ainda mais alarmantes. Até 2020, haverá um aumento de 14% no Brasil, e dobrará nos dez anos seguintes.

O superintende médico, Dr. Luiz Antônio Nasi, ressaltou que “No Rio Grande do Sul, os cânceres de mama e gastrointestinais têm mais prevalência e agressividade. É uma doença que vai crescer e temos que nos preparar. Viver mais significa ter mais chances de neoplasia. A instituição está engajada na luta internacional contra o câncer, alinhada aos padrões internacionais”.

“Medicina de excelência, benchmark internacional, tecnologia de ponta, compartilhamento de conhecimento entre as diversas especialidades, pesquisa clínica e celeridade nos processos são os pilares de atuação do novo Centro de Oncologia do Hospital Moinhos de Vento”, conforme reforçaram os especialistas do hospital na coletiva.

Lydia Wong Ling

O projeto teve apoio do Instituto Ling. O nome é homenagem à matriarca da família e um reconhecimento ao trabalho voluntário ao longo de mais de três décadas. “É uma esperança de cura mais rápida e com menos sofrimento para os pacientes que sofrem de câncer. Fico feliz com esse projeto e espero que possa salvar muitas pessoas”, destaca Lydia Wong Ling, com uma expressiva atuação de mais de quatro décadas na Liga Feminina de Combate ao Câncer do Rio Grande do Sul.

Johns Hopkins Medicine International

A elaboração do conceito de atendimento e de serviços do Centro de Oncologia contou com expertise internacional. Afiliado à Johns Hopkins Medicine International desde 2013, o Hospital Moinhos de Vento atuou em conjunto com a instituição norte-americana no desenvolvimento do projeto, beneficiando-se da consultoria de uma organização líder nas melhores práticas médico-assistenciais.

“Tumor Board”

O novo modelo de assistência é como o do Johns Hopkins, onde a base é o “Tumor Board”, um grupo de especialistas (oncologistas, radioterapeutas, patologistas) que se reúnem periodicamente. São cerca de 150 médicos. “Quanto maior a especialização, maior a chance de cura”, explicou Dr. Nasi. A equipe é formada também por psicólogos e assistentes sociais.

“O modelo tem como base as instituições que são referência mundial, como o Johns Hopkins Hospital e a Mayo Clinic, ambos dos EUA. Cinco profissionais acompanharam o nosso planejamento, vieram para Porto Alegre. A taxa de cura aumenta quando um caso é tratado pelo Team Board”, explicou Mohamed Parrini.

Dr. Nasi completou dizendo que “que o grande avanço do centro é a multidisciplinaridade, opiniões convergentes para que o paciente tenha o melhor resultados em um ambiente o mais seguro possível”, reforçando que a instituição e os seus colaboradores são “obcecados” pelo controle da infecção hospitalar.

TrueBeam e o Sistema Calypso

A tecnologia TrueBeam gera benefícios para o paciente através do tratamento mais efetivo como menos toxicidade. Para ampliar as melhorias, o Hospital Moinhos de Vento, em uma atitude pioneira, é a primeira instituição brasileira a utilizar uma tecnologia ainda inédita no país: o Sistema Calypso. “O equipamento, integrado ao acelerador linear, permite monitorar, durante a aplicação de radiação, eventuais mudanças de posicionamento do tumor”, ressalta o Coordenador da Unidade de Radioterapia e Radiocirurgia, Wilson de Almeida Junior.

Atualmente, são realizados 1.100 tratamentos de novos casos de câncer por ano na Instituição. A expectativa é aumentar a capacidade de atendimento em 30% com o novo equipamento. “Em um ciclo de dois anos (até 2018), o novo Centro criará 500 novos empregos técnicos, que trabalharão com as três máquinas novas”, diz Wilson de Almeida Junior.

O sistema Calypso possibilita um rastreamento do tumor mais preciso e em tempo real. Com a tecnologia, os clínicos conseguem manter o alvo do feixe de radiação, e ao detectar algum movimento mesmo que leve do tumor, o sistema consegue guiar a aplicação e evitar que tecidos saudáveis sejam atingidos.

Um dos três equipamentos de ponta que serão incorporados à estrutura do Moinhos inicia a sua utilização no final do mês de agosto. Os outros dois até o final de 2018.

Assista o vídeo disponibilizado pelo Hospital Moinhos.

Diretora do Johns Hopkins Breast Cancer Center

O Hospital realiza na noite do dia 10, conferência e coquetel para convidados que terá a radio-oncologista e diretora do Johns Hopkins Breast Cancer Center – Green Spring Station, Fariba Asrari como destaque. A médica foi convidada por ser referência mundial e apresentar vasto conhecimento das tecnologias no combate ao câncer de mama.

Fariba Asrari

Fariba Asrari é reconhecida pelo trabalho desenvolvido junto a pacientes com câncer de mama através da utilização da melhor tecnologia disponível atualmente em equipamentos radioterápicos

Coletiva_Entrevistas_Oncologia_Moinhos

Wilson de Almeida Junior, Mohamed Parrini, Luiz Antônio Nasi e Sérgio Roithman na coletiva (primeira foto)

VEJA FOTOS DA ESTRUTURA

Estrutura_Onco_Moinhos

 

 

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