Sem categoria | 15 de junho de 2023

ESG como sinal de compromisso com a saúde e os pacientes

ESG como sinal de compromisso com a saúde e os pacientes

O termo “ESG” está sob os holofotes da saúde no momento. Sigla para “Enviromental, Social and Governance”, o conceito tem por objetivo contemplar os aspectos Ambiental, Social e de Governança, beneficiando não somente profissionais e pacientes, mas todo o entorno do hospital, clínica, operadora de planos e demais instituições do setor. Ao falarmos tão próximos do Dia Mundial do Meio Ambiente, é fundamental enxergar o novo mundo de possibilidades sustentáveis na saúde.

De acordo com o relatório “ESG nos Hospitais da Anahp”, os investimentos em ESG realizados pelos hospitais associados ultrapassaram R$ 119,6 milhões e mais de 4,2 milhões de pessoas impactadas no Brasil.

Isso é um grande sinal de como existem diversos gestores dispostos a construir um cenário cada vez mais sustentável, compromissado e expansível quando falamos na atenção com a sociedade.

Acelerados pela nova configuração social e por tudo o que estamos vendo nesse novo mundo pós-pandêmico, o compromisso do ESG na gestão de saúde tem se tornado uma ótima pauta para pensar os novos modelos e a melhoria na assistência de modo sustentável.

Para o lado ambiental, a preocupação com a gestão dos resíduos gerados pelo hospital e a pegada de carbono são pilares essenciais para construirmos um mundo melhor no futuro. Apesar da agenda da sustentabilidade não ser algo essencialmente novo, agora nos deparamos com um caráter de urgência ainda maior.

Analisar desperdícios, a forma de descarte e a digitalização dos processos são alguns dos caminhos tomados para que essa agenda, voltada ao meio-ambiente, possa ter impacto positivo na organização.

Alguns hospitais, inclusive, têm adotado a tecnologia como vetor de mudança deste cenário, analisando e otimizando a gestão dos insumos e retirando o papel do fluxo de atendimento com ações de transformação digital.

Olhando para o aspecto social da gestão, o hospital, clínica ou operadora não são exclusivos para serviços de saúde, mas também se tornam referências comunitárias. Entender esse papel e considerar o impacto que a instituição tem dentro da região e da comunidade é essencial para que mais pessoas sejam beneficiadas e, por consequência, engajadas.

E não podemos nos esquecer da governança, fundamental para a valorização da equipe e de todos os atores que compõem o ecossistema hospitalar. O reconhecimento do profissional, equidade salarial e o enaltecimento de canais de ética e compliance agem de forma instantânea para a melhoria do ambiente de trabalho e contribuem para um atendimento ainda mais humano ao paciente.

Trazendo para a balança, a governança sustentável da instituição de saúde é acompanhada de um bom controle financeiro e fiscal, retenção e atração de talentos e consequentemente a melhora da imagem perante a todos. É claro que grandes mudanças não são feitas de uma hora para outra, mas o fato é que, em se tratando de ESG, mesmo os pequenos avanços podem agregar grande valor.

Diante de tudo o que tenho visto nos últimos anos, a necessidade e o compromisso com pautas de cunho socioambiental não são apenas uma jogada de marketing, mas sim um pensamento no cuidado com o paciente.

O ESG é sinal de compromisso com os funcionários, paciente e sociedade, e faz parte da melhoria na eficiência dos serviços de saúde ofertados.


Por Alceu Alves, vice-presidente da MV


 

 

COMENTE

  • Não será divulgado.

VEJA TAMBÉM