A Philips do Brasil, por meio de sua área de Healthcare, realizou no início de novembro, em São Paulo, um evento para mais de 50 líderes da área de saúde hospitalar de toda a América Latina. O encontrou contou com uma palestra de Michael Porter, professor de Harvard, com mais de uma hora de duração. O foco foi discutir gestão na área de saúde e debater boas práticas. Até o final de novembro deste ano, um manifesto será apresentado com compromissos públicos.

Foram seis horas de palestras e discussões em que os participantes, distribuídos em 10 mesas, discutiram tópicos como impacto da medição de custos e resultados na geração de valor, bem como o papel do e-Health, da telemedicina e como mudanças nas formas de reembolso poderiam promover melhorias em todo o ciclo de cuidados.

As questões levantadas giraram em torno de uma profunda crítica à forma como o sistema funciona hoje, baseado na seguinte equação: quanto mais a instituição gasta com um paciente, mais ganha. Se gasta menos, ganha menos. Ocorre que, se o atendimento é super eficiente e, portanto, o paciente fica menos tempo na instituição e exige menos serviços e medicamentos, a remuneração é menor, o que acaba conduzindo as instituições a um regime insustentável. É preciso transformar essa lógica – cuja maior preocupação é com o custo e não com o desfecho – e passar a remunerar qualidade de atendimento e esse é o maior desafio atualmente.

Para Mark Stoffels, diretor de marketing da área de saúde da Philips para América Latina, “O maior desafio da Philips é ajudar nossos clientes a gerenciar, medir e gerar valor para seus pacientes. Nós somos muito bons em vender tecnologia, mas a tecnologia é uma parte do processo de saúde. Para ter bons resultados, é preciso integrar todos os atores do sistema e é isso que estamos discutindo aqui”. Nelson Tech, presidente do Instituto COI, completa dizendo que “As pessoas estão preocupadas com informática, mas o importante é a informação”. Isso significa que é preciso mudar a mentalidade de quem conduz os processos e iluminar os pontos cegos dessa trama.

A ideia do evento promovido pela Philips é criar condições para o surgimento de boas ideias que melhorem o sistema – especialmente o que atende a população carente, de forma a prestar serviços de excelência, cuidando do meio ambiente e possibilitando a obtenção de ganhos suficientes para sustentar o fortalecimento das instituições. Os principais atores da área da saúde engajaram-se em pensar soluções para a América Latina: “Trabalhar com saúde é um negócio complexo porque estamos tentando melhorar e salvar vidas todos os dias. Estamos lidando com pessoas. Em 120 anos trabalhando com inovação, a Philips quer uma ação mais profunda e mais completa para gerar mais valor para os pacientes”, afirma Vitor Rocha, vice-presidente sênior da área de saúde da Philips para a América Latina.

No evento estiveram presentes representantes das seguintes empresas: INCOR, Sírio Libanês, Hospital Oswaldo Cruz, UNIMED, FGV, White Martins, Grupo Fleury, Hospital Samaritano, HCOR, entre outros.