Tecnologia e Inovação | 26 de março de 2013

Cetab será centro de estudos sobre o tabagismo

Instituição do Rio de Janeiro oferecerá cursos para a especialização no assunto
Cetab será centro de estudos sobre o tabagismo

Foi inugurado na última segunda-feira, 25, o Centro de Estudos sobre Tabaco e Saúde (Cetab), projeto da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O local oferece cursos para interessados com nível superior.

O Cetab fará pesquisas de ensino e cooperação técnica para setores relacionados ao controle de tabaco, de alimentos, atividades fiscais e de uso de álcool. O objetivo é colaborar com o Plano de Controle de Doenças Crônicas Não Transmissíveis do Brasil.

Na cerimônia de inauguração, o presidente da Academia Nacional de Medicina, Marcos Moraes, ressaltou que, no Brasil, o custo do tabagismo gira em torno de US$ 10 bilhões por ano. O Ministério da Saúde afirma que 18,8% dos brasileiros fumam (22,7% dos homens e 16% das mulheres). Em escala global, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) 1,3 bilhão de pessoas adultas são fumantes, 47% da população masculina e 12% da feminina.

Alguns dos projetos de destaque realizados pela Fiocruz abordam os efeitos do cultivo do tabaco em trabalhadores e a avaliação sobre a propaganda de fumo e álcool na televisão. Interessados em se especializar no Programa de Saúde Pública, que tenham formação superior, como economia, agronomia ou comunicação social, podem se inscrever para os cursos através do site da instituição (www.ensp.fiocruz).

Novas vagas estão abertas para aulas em julho, que serão presenciais. Para um segundo momento, está em pauta a elaboração de cursos à distância para agentes de vigilância sanitária e outro voltado para o SUS.

Em novembro de 2012 uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), em conjunto com a Universidade de Georgetown (EUA), revelou que as leis anti-fumo – como o aumento no preço e a restrição ao uso em locais fechados – aplicadas nas últimas décadas reduziu o número de fumantes à metade. Os dados, publicados na revista PLoS Medicine, mostram que, entre 1989 e 2010, cerca de 420 mil mortes foram evitadas no Brasil.

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