ANVISA aprova nova indicação de darolutamida para tratamento de câncer de próstata metastático
"A nova aprovação da Anvisa traz uma nova opção de tratamento para esses pacientes que estão em estágios mais avançados, com uma nova perspectiva, atrasando a evolução da doença, com mínimo impacto na qualidade de vida”, afirma Erlon Mansur, diretor da área de Oncologia da divisão farmacêutica da BayerA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou um a nova indicação de darolutamida para o tratamento de pacientes com câncer de próstata. A darolutamida já era utilizada nos casos de câncer de próstata não-metastático resistente à castração, mas o novo parecer da Agência é focado em atender a necessidade de pacientes de câncer de próstata metastático hormônio-sensível (CPHSm).
“A nova aprovação da Anvisa traz uma nova opção de tratamento para esses pacientes que estão em estágios mais avançados, com uma nova perspectiva, atrasando a evolução da doença, com mínimo impacto na qualidade de vida”, afirma Erlon Mansur, diretor da área de Oncologia da divisão farmacêutica da Bayer. Os casos clínicos mostram que pacientes com a forma localizada do câncer de próstata apresentam sobrevida de quase 100% em cinco anos enquanto que na forma metastática, quando o câncer se espalhou pelo corpo, essa taxa de sobrevida é de apenas 30% no mesmo período de tempo.
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Pesquisa ARASENS
Apresentada neste ano no Congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), maior congresso de oncologia do mundo, a pesquisa ARASENS apresentou dados relevantes sobre o uso combinado da darolutamida, como a diminuição de 32,5% do risco de morte a partir do tratamento com darolutamida mais terapia de privação de andrógeno (ADT) e docetaxel versus tratamento apenas com ADT e docetaxel. A pesquisa contou com 1.306 pacientes com a doença metastática hormônio-sensível, sendo que 86,1% destes estavam com metástase no diagnóstico inicial.
Como a nova indicação da darolutamida age
A nova indicação traz uma combinação de 3 tratamentos distintos para melhorar a eficácia do tratamento. A chamada terapia de privação androgênica busca reduzir o nível dos hormônios masculinos (andrógenos como a testosterona), responsáveis por estimular as células do câncer de próstata a crescerem e o docetaxel é um quimioterápico de eficácia comprovada no câncer de próstata metastático.
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Nesse cenário, darolutamida é associada a esses dois tratamentos e bloqueia de maneira mais profunda a ação dos andrógenos sem adicionar toxicidade relevante. Ao combinar as 3 medicações, foi comprovado que o paciente ganha um benefício significativo de sobrevida global em comparação com a combinação envolvendo apenas a terapia de privação androgênica e docetaxel.