Gestão e Saúde | 7 de julho de 2015

A saúde como prioridade pessoal

A saúde como prioridade pessoal

A saúde está no topo de nossas preocupações. É o que indica grande parte das pesquisas de opinião. Exemplo disso é um levantamento realizado em 2013, mostrando que ter um plano de saúde era o terceiro maior desejo do brasileiro, perdendo apenas para a casa própria e a educação. Contudo, a despeito de tamanha preocupação, não costumamos investir de forma proporcional.

Em sua última Pesquisa de Orçamentos Familiares, o IBGE registrou que as famílias brasileiras com ganhos acima de R$ 3 mil mensais gastam em viagens quase a mesma taxa investida em saúde: 6,71% contra 7%. O consumo de bens também é protagonista em nossos orçamentos. Segundo estudo da ONU, o Brasil é um dos países mais caros para se falar ao celular; não obstante, registramos alguns dos mais altos índices de comercialização de produtos de comunicação.

Essa desproporção ocorre mormente porque desprezamos os imensos valores que envolvem todo e qualquer tipo de cuidado com a vida. São elementos de nossa cultura os gastos impulsivos e a falta de cautela financeira, o que faz com que sejamos um dos povos que menos poupa no mundo, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). Do mesmo modo, quando falamos na saúde, a prática de parcela expressiva da população é a falta de uma cultura da prevenção. Avaliações periódicas, hábitos saudáveis, ou mesmo a busca por uma segunda opinião para um diagnóstico ainda não estão totalmente integrados à rotina.

Temos de voltar a antigos hábitos, como ter um médico clínico de referência, com acompanhamentos periódicos e exames de prevenção, além de cultivar costumes saudáveis. É preciso ser previdente, pois o custo para se trabalhar com a saúde é elevadíssimo. Da pesquisa à recuperação, passando pela prevenção e pelo tratamento, governos e iniciativa privada gastam muito para chegar à excelência esperada pelos usuários. Levando-se isso em conta, percebe-se que planos particulares e outros expedientes de prevenção não são gastos, mas investimentos. Na ponta do lápis, muitos componentes de nosso orçamento são dispensáveis e outros podem ser reduzidos. E isso não em favor de outros gastos, mas de investimentos, como naquele que é o maior bem de que dispomos: nossa saúde.

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