Mundo, Tecnologia e Inovação | 17 de junho de 2015

Sensor para o coração monitora pacientes cardíacos à distância

Microchip transmite aos médicos informações sobre a condição do paciente
Sensor para o coração monitora pacientes cardíacos à distância

Cardiologistas do Hospital Mount Sinai (EUA) começaram a implantar minúsculos microchips sensores em pacientes com insuficiência cardíaca avançada, para controlar melhor sintomas e reduzir as chances de uma nova internação.

O sensor (chamado CardioMEMS HF System), desenvolvido pela St. Jude Medical, é um dispositivo do tamanho de uma moeda, sem bateria, que é colocada diretamente dentro do coração para monitorar a artéria pulmonar. Implantado através de procedimento minimamente invasivo, o sensor detecta o aumento da pressão da artéria, sinal precoce de agravamento da insuficiência cardíaca que pode ser detectada antes de surgirem os sintomas.

O dispositivo, depois de implantado, faz leituras diárias da pressão e transmite os dados para a equipe médica, oferecendo um feedback personalizado antes que os sintomas piorem. Ensaios clínicos que visavam reduzir readmissões hospitalares de pacientes com insuficiência cardíaca avançada tiveram 37% de eficácia.

A tecnologia é projetada para pacientes com insuficiência cardíaca avançada que tenham sido hospitalizadas nos últimos 12 meses. Os especialistas do Hospital Mount Sinai conseguiram melhorar a qualidade de vida dos pacientes e reduzir a probabilidade de reinternações hospitalares, uma tendência comum verificada nesta população de alto risco.

“Este novo dispositivo permitirá que pacientes com insuficiência cardíaca vivam mais confortavelmente, facilitando o monitoramento para os primeiros sinais de retenção de líquidos, uma das principais causas dos sintomas de falta de ar e cansaço”, enaltece Raymond Bietry, professor assistente de cardiologia e o primeiro cardiologista no Monte Sinai a realizar o implante.

O sensor é o primeiro de seu tipo a ser aprovado pela FDA, agência reguladora de medicamentos e equipamentos médicos, ainda em 2014. Os estudos têm confirmado a capacidade de transmitir com sucesso e segurança medições diárias do paciente para os médicos. O procedimento demora menos de uma hora para ser realizado, geralmente o paciente recebe alta no mesmo dia e volta à rotina normal em pouco tempo. “Esta nova tecnologia pode ser um divisor de águas no campo da insuficiência cardíaca, nos permitindo melhorar o atendimento ao paciente por muito tempo, mesmo depois de deixar o hospital”, destaca Sean Pinney, diretor de Insuficiência Cardíaca e Transplante do Hospital Mount Sinai.

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