Mundo | 29 de junho de 2015

Seis segredos para ser feliz, de acordo com Universidade de Harvard

Especialista afirma que é possível aprender a ter felicidade
Seis segredos para ser feliz, de acordo com Universidade de Harvard

Alunos de Psicologia da Universidade de Harvard realizaram um grande estudo para encontrar aquele que é um dos grandes tesouros dos tempos atuais: a felicidade. Liderados pelo professor israelense Tal Ben-Shahar, especialista em Psicologia Positiva – uma das correntes mundiais mais amplamente utilizadas e aceitas, definida por ele próprio como “ciência da felicidade”, os pesquisadores argumentam que a felicidade pode ser aprendida através de instruções. Segundo eles, com técnica e prática é possível aprender a ser feliz.

Os princípios extraídos de estudos de Tal Ben Shahar seguem o lema “não tem que ser perfeito para levar uma vida mais rica e mais feliz”. O segredo parece ser aceitar a vida como ela é, o que, em suas palavras, “liberta do medo do fracasso e das expectativas do perfeccionista”.

O especialista resume tudo em uma frase: “É precisamente a expectativa de ser perfeitamente feliz que está nos tornando menos felizes”. Confira as seis dicas para se sentir afortunado e feliz:

1. Perdoe seus fracassos. Mais do que isso, celebre-os!

“Assim como é inútil reclamar do efeito da gravidade na Terra, é impossível tentar viver sem as emoções negativas, uma vez que são parte da vida, e são tão naturais como a alegria, a felicidade e o bem-estar. Aceitando as emoções negativas, vamos abrir-nos para desfrutar da positividade e alegria”, acrescenta o especialista. Se trata de permitir que o ser humano perdoe a fraqueza. Um estudo de 1992, que focava os efeitos do perdão, constatou que os baixos níveis perdão para si mesmo estão relacionados com a presença de distúrbios, como depressão, ansiedade e baixa auto-estima.

2. Agradeço por aquilo que tem. Para coisas grandes e pequenas. “Essa mania de pensarmos que as coisas nos são dadas e sempre estarão à nossa disposição, é pouco realista.”

3. Faça esporte. Para funcionar, não é preciso passar horas na academia ou correr 10 quilômetros por dia. Apenas pratique um exercício suave, como uma caminhada rápida por 30 minutos por dia, para o cérebro secretar endorfinas, substâncias que nos fazem sentir satisfeitos e felizes. São, na realidade, os opiáceos naturais produzidos pelo cérebro, aliviando a dor e causando prazer.

4. Simplifique, no lazer e no trabalho. “Identifique o que é verdadeiramente importante e se concentrar nele”, propõe Tal Ben-Shahar. Para evitar esforços extras, é melhor se concentrar em algo e não tentar fazer tudo de uma vez. E isso não se refere apenas ao trabalho, mas também à questão pessoal e ao tempo de lazer. “É melhor desligar o telefone e desconectar o trabalho dessas horas passadas com a família”.

5. Aprenda a meditar. Este hábito simples combate o estresse. Dra. Miriam Subirana , da Universidade de Barcelona, escritora e professora de meditação, diz que “a longo prazo, a prática continuada de meditação contribui para melhor agir diante dos problemas da vida, superar crises com maior força interior”. O professor de Harvard acrescenta que também é um momento ideal para administrar os pensamentos voltados para o lado positivo. Embora não haja consenso de que o otimismo garanta o sucesso, ele vai trazer um agradável momento de paz.

6. Pratique uma nova habilidade: a resiliência. Felicidade depende de nosso estado mental, não da conta corrente. “O nosso nível de felicidade será determinado pelo modo que olhamos e nos atribuímos sucesso ou fracasso”. Isto é conhecido como “locus de controle” ou “lugar onde nós colocamos a responsabilidade dos feitos”, uma extremidade aberta e definida pelo psicólogo Julian Rotter em meados do Século XX e muito pesquisado em torno do caráter das pessoas: pacientes deprimidos misturam falhas e sucessos a situações fora de sua pessoa; enquanto as pessoas positivas tendem a assumir responsabilidades tanto para situações positivas e negativas. Não se pode perder a percepção de fracasso como uma oportunidade, que tem muito a ver com a resiliência, um conceito que se tornou popular com a crise, e que vem originalmente emprestado da física e engenharia (o termo define a capacidade de um material em recuperar a sua forma original depois de submetido a uma pressão de deformação). “Nas pessoas, a resiliência tenta expressar a capacidade de um indivíduo para lidar com circunstâncias adversas, dificuldades ou eventos potencialmente traumáticos”, destaca o psiquiatra Roberto Pereira, diretor da Escola Vasco-Navarra de Terapia Familiar, em Bilbao.

VEJA TAMBÉM