Gestão e Qualidade | 5 de fevereiro de 2016

Santa Casa terá acolhimento domiciliar para pacientes e familiares

Local destinado a pessoas carentes abre as portas em abril
Santa Casa terá acolhimento domiciliar para pacientes e familiares

A partir de abril a Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre passa a contar com uma Casa de Passagem destinada a hospedar pacientes – e seus familiares – em tratamento na instituição, oriundos do interior do Rio Grande do Sul e de outros estados e integrantes das classes menos favorecidas da população.

Uma etapa decisiva à concretização desse antigo projeto da Santa Casa foi concluída na manhã do dia 3 de fevereiro, quando a Associação das Irmãs Franciscanas da Penitência e Caridade Cristã oficializaram a doação à Irmandade da Santa Casa de um imóvel situado na rua Vigário José Inácio, esquina com a rua Jerônimo Coelho, no Centro Histórico de Porto Alegre. Com quatro andares e dotado de sessenta quartos, quarenta deles com banheiros privativos, o imóvel, depois de receber pequenas melhorias e adaptações, será transformado na Casa de Passagem Madre Ana da Santa Casa.

“Nesse momento de crise, é um grande alento que a Santa Casa de Misericórdia possa oferecer aos seus pacientes mais necessitados um lugar digno onde possam ficar, eventualmente na companhia de familiares, durante o tempo em que durar seu tratamento nos sete hospitais da instituição”, afirma Alfredo Guilherme Englert, provedor da Irmandade da Santa Casa. Ele destaca que a generosidade das Irmãs Franciscanas, a vocação e a perseverança de propósitos do Dr. Fernando Lucchese e a decisiva participação de Dom Jaime Spengler, arcebispo metropolitano de Porto Alegre, tornaram possível a concretização desse projeto.

Madre Ana

Segundo a Irmã Vera Lúcia Konzen, que assinou a doação do imóvel como representante da Associação das Irmãs Franciscanas, esse gesto integra a longa série de serviços que as Irmãs Franciscanas prestaram à SantaCasa e a seus pacientes durante os cem anos (1893 a 1995) em que, atuando de forma voluntária, realizaram, entre outras, as tarefas da enfermagem, nutrição, higienização, produção de remédios e apoio aos médicos.

“A Casa de Passagem passa a ser mais um instrumento voltado ao amparo de quem precisa mais: os pacientes pobres”, define a Irmã Vera Lúcia Konzen. Ela lembra que o nome da Casa de Passagem honra a memória de Madre Ana, líder do grupo pioneiro das dezesseis Irmãs Franciscanas que passaram a atuar na Santa Casa de Porto Alegre a partir do domingo de Páscoa, 2 de abril de 1893.

Voluntariado

A Casa de Passagem Madre Ana entrará em funcionamento de forma gradual. Os primeiros 30 dos 60 leitos estarão disponíveis a partir de abril. Júlio Dornelles de Matos, Diretor Geral e de Relações Institucionais daSanta Casa, lembra que o trabalho voluntariado será muito importante na condução e operação da Casa de Passagem.

Ele acrescenta que o acesso de pacientes e familiares será autorizado pelo Serviço Social da Santa Casa de acordo com um regulamento específico. O Diretor Geral informa que a Casa de Passagem terá um comitê gestor que, entre outros, contará com a participação do Provedor Alfredo Guilherme Englert, do arcebispo metropolitano Dom Jaime Spengler, do Dr. Fernando Lucchese e de uma representante das Irmãs Franciscanas.

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O provedor Alfredo Guilherme Englert e a Irmã Vera Lúcia Konzen. Foto: Dierli Santos

 

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