Mundo | 26 de fevereiro de 2015

Prestadores de serviços da saúde na França negociam remuneração com o governo

Diálogo tenso marca as tratativas relacionadas ao orçamento nacional para a saúde em 2015
Prestadores de serviços da saúde na França negociam remuneração com o governo

Na França, os hospitais públicos,  hospitais e clínicas privadas estão em tratativas com o Ministério da Saúde, com o objetivo de negociar a remuneração dos serviços no âmbito dos seguros de saúde em 2015.

A negociação depende muito do orçamento para o setor saúde, que deve aumentar em 2,1% no ano corrente, o dobro do que era inicialmente esperado pelo governo. Mas é menos da metade da progressão natural especifica dos gastos ( “inflação médica”) com saúde. A inflação específica dos custos médicos no último período atingiu cerca de 4% ao ano, devido a conjugação de múltiplos fatores como envelhecimento da população, aumento contínuo de doenças crônicas e da elevação dos preços dos novos tratamentos médicos.

Desde setembro do ano passado os especialistas do setor estimavam, a partir do orçamento do sistema de segurança social para 2015, que os custos hospitalares iriam crescer em torno de 2%. Este contexto requereria a redução da remuneração dos prestadores de serviços para atender a demanda estimada, dentro do atual orçamento geral.

Hospitais,  clínicas privadas e os hospitais públicos, que atuam dentro de um mesmo contexto remuneratório, não se conformam em reduzir suas remunerações e atuarem com margens estreitas e até negativas, e pressionam o Ministério da Saúde. Os hospitais e clínicas temem que, com as estimativas para o ano, a renda possa cair em até € 83 milhões. O governo justifica a medida afirmando que a competição por clientes (pacientes) não dá direito ao alívio de carga na remuneração dos serviços.

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