Estatísticas e Análises | 29 de janeiro de 2015

Pesquisa avalia consumo de sódio e risco para idosos

Ingestão de sódio não foi associada à mortalidade
Pesquisa avalia consumo de sódio e risco para idosos

Um amplo estudo, publicado em janeiro no The Journal of the American Medical Association (JAMA), analisou a associação entre a ingestão de sódio na dieta e riscos à saúde como incidência de doença cardiovascular (DCV), insuficiência cardíaca (IC) em idosos e mortalidade.

A iniciativa se dá pela importância em se obter maiores informações sobre o sódio na saúde de idosos. Ao longo de uma década, os especialistas acompanharam 2.642 pessoas entre 71 e 80 anos. O consumo de sódio, no início do estudo, foi avaliada através de um questionário de frequência alimentar. Foi analisada como uma variável contínua e como variável categórica, da seguinte forma: inferior a 1,5 g/dia (291 participantes, ou 11%); entre 1,5 g e 2,3 g/dia (779 participantes, 29,5% do total) e acima de 2,3 g/dia (1.572 participantes, 59,5% dos participantes).

A análise das DCV incidentes foi restrita a 1.981 participantes (74%) sem DCV presente no início do estudo. Dos participantes, 51,2% eram mulheres, 61,7% eram brancos e 38,3% eram negros. Durante os 10 anos de estudo, 881 participantes morreram, 572 desenvolveram DCV e 398 tinham desenvolvido IC.

A ingestão de sódio não foi associada à mortalidade. O índice de óbitos foi mais baixa no grupo que recebeu 1,5-2,3 g/dia (30,7%) do que no grupo que recebeu menos do que 1,5 g/dia (33,8%) e no grupo que ingeriu mais do que 2,3 g/dia (35,2%).

A relação entre o consumo de sódio, a ingestão calórica e o índice de massa corporal (IMC) não teve relação substancial nos resultados. Também não foram observados dados relevantes relacionados ao sexo, raça ou status hipertensivo para qualquer resultado.

A conclusão do estudo mostrou que, em idosos, a ingestão de sódio avaliada não foi associada à mortalidade no período estudado, DCV incidente ou IC incidente. Já o consumo maior do que 2,3 g/dia foi associado à mortalidade não significativamente maior nos modelos ajustados.

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