Política | 2 de outubro de 2015

Novo ministro quer CPMF com alíquota cobrada no crédito e no débito para financiar a Saúde

Ideia teria sido bem recebida no Governo, segundo Marcelo Castro
O deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) foi eleito relator da comissão especial que vai analisar a proposta de reforma política, PEC 352/13 (Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

Marcelo Castro (PMDB-PI), novo ministro da saúde, anunciado no dia 2 de outubro, ressaltou logo em uma de suas primeiras entrevistas, as dificuldades financeiras enfrentadas pela pasta e propôs à presidente Dilma Rousseff que a CPMF não só seja recriada, como passe a ser cobrada tanto nas operações de crédito quanto de débito, o que dobraria a arrecadação do governo. “Nossa proposta é continuar com a mesma alíquota de 0,20% e arrecadar o dobro. Vamos cobrar no débito e no crédito”, disse o novo ministro.

O novo titular da Saúde propõe que tanto a União quanto Estados e municípios recebam os recursos da nova CPMF. Segundo Castro, a proposta foi bem recebida pelos ministros da Fazenda, Joaquim Levy, da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, e pelo ex-ministro da Casa Civil e atual titular da Educação, Aloizio Mercadante. “Todos gostaram, porque não vamos aumentar alíquota e não vamos onerar alguém individualmente e vamos arrecadar dobrado”, ponderou.

Para Castro, que é médico psiquiatra e deputado federal, o Ministério da Saúde tem sérios problemas de financiamento e gestão, exigindo melhorias imediatas.

Castro mostrou-se confiante com a aprovação da medida tanto pelo PMDB quanto por outros partidos do governo. “Esperamos que o PMDB e todos os partidos que querem salvar a saúde votem junto”, disse.

O ex-ministro, Arthur Chioro, chegou a falar em “colapso” na segunda-feira, dia 28 de setembro. Chioro expôs que os recursos para pagar despesas hospitalares, ambulância e atendimentos médicos chegariam ao fim em setembro de 2016, deixando três meses sem recursos para fazer frente às necessidades da Pasta.

 

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