Mundo | 23 de outubro de 2014

Novas orientações para profissionais de saúde que tratam do vírus Ebola

Órgão americano muda protocolo de prevenção após contaminações no Texas
Novas orientações para profissionais de saúde que tratam do vírus Ebola

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), órgão dos EUA, emitiu novas diretrizes para a forma como os trabalhadores hospitalares devem se proteger do Ebola. A revisão do protocolo ocorre depois que o vírus foi transmitido de um viajante liberiano para duas enfermeiras no Texas, mesmo que as orientações prévias tenham sido seguidas.

Entre as recomendações está o maior cuidado com a utilização de equipamentos de proteção. As novas regras orientam os médicos a utilizar trajes e capuzes que cubram todas as partes do corpo. Também fornecem orientações rigorosas para a remoção dos equipamentos e a limpeza de luvas. O protocolo sugere, ainda, que um funcionário seja responsável por supervisionar os demais ao colocarem e retirarem as vestes.

Embora as regras e diretrizes estejam se tornando a norma nos centros de saúde dos EUA, o CDC não tem poder para obrigar os hospitais a seguirem tais instruções. As medidas, no entanto, são fundamentais para a correta preparação para a possibilidade de tratar de pacientes com a doença infecciosa.

Recentemente, diretor do CDC, Tom Frieden, afirmou que as novas recomendações dão uma “margem extra de segurança” e é “mais adequada para os hospitais dos EUA, onde os procedimentos podem ser utilizados”. Ele explica que o protocolo anterior se baseava no tratamento de pacientes na África, onde o atendimento é, muitas vezes, realizado em tendas. As instruções antigas também davam mais flexibilidade ao vestir equipamentos de proteção, quando em contato com casos não confirmados da doença.

Os estudos feitos com as enfermeiras infectadas ainda não esclareceram como ou quando elas foram contaminadas. Segundo as investigações, elas estavam seguindo as normas da CDC ao tratarem de Thomas Eric Duncan, que viajou aos EUA vindo da Libéria, um dos países africanos mais atingidos pela epidemia.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o vírus já matou 4.877 pessoas. Foram detectados até o dia 19 de outubro, cerca de 10 mil casos. A OMS estima que o surto de Ebola possa alcançar a incidência de 10 mil novos casos a cada semana (saiba mais).

 

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