Mundo | 19 de agosto de 2015

FDA efetiva a liberação comercial do primeiro “Viagra feminino”

Addyi, nome do medicamento, se destina a mulheres com perda súbita e severa da libido
FDA efetiva a liberação comercial do primeiro “Viagra feminino”

A FDA, agência que regulamenta alimentos e medicamentos nos EUA, liberou no dia 18 de agosto, a comercialização do flibanserin, também conhecido como o primeiro “Viagra feminino”.

A droga é produzida pela Sprout Pharmaceuticals e se destina às mulheres na pré-menopausa que sofrem de falta de desejo sexual (http://setorsaude.com.br/primeiro-viagra-feminino-e-aprovado/). O medicamento será vendido com o nome de Addyi nos EUA.

“A decisão dá às mulheres preocupadas com seu baixo desejo sexual uma opção de tratamento aprovado”, disse a diretora do Centro para a Avaliação e Pesquisas da FDA, Janet Woodcock. O Addyi foi aprovado especificamente para uma condição conhecida como “distúrbio de desejo sexual hipoativo generalizado adquirido” (HSDD, na sigla em inglês), que causa perda súbita e severa da libido.

O distúrbio pode ser diagnosticado em mulheres sexualmente ativas anteriormente, o que provoca angústia e problemas de relacionamento. De acordo com o comunicado da FDA, o uso da droga “não se deve a uma condição médica ou psiquiátrica coexistente, a problemas no relacionamento ou a efeitos de uma medicação ou a uma outra substância”.

Antes da aprovação do Addyi, “não havia tratamentos aprovados pela FDA para distúrbios relacionados com o desejo sexual em homens ou mulheres”, diz ainda a agência. O medicamento não é hormonal, mas sim atua nos neuro-transmissores do cérebro. Não deve ser ingerido com álcool e só estará disponível, nos EUA (sem previsão para o Brasil), nas farmácias certificadas devido às sérias interações potenciais que este pode ter com bebidas alcoólicas, inclusive efeitos colaterais como náuseas, sonolência, queda severa da pressão arterial e desmaios.

“Os pacientes e os médicos que o prescreverem devem cuidar totalmente os riscos associados à utilização do Addyi antes de considerar o tratamento”, acrescentou Janet Woodcock.

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