Mundo | 8 de maio de 2014

Fatores pouco conhecidos agravam a alergia respiratória

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Fatores pouco conhecidos agravam a alergia respiratória

Além da poluição do ar e do tabaco, conhecidos elementos prejudiciais, outros fatores são determinantes para agravar casos de alergia respiratória. Essa condição faz com que muitas pessoas reajam, através de um processo inflamatório, a diversos fatores localizados no meio ambiente. Entre substâncias que podem causar reações alérgicas (leia mais sobre os alérgenos aqui) estão a poeira, o pólen, os fungos, cheiros fortes, pelos de animais, determinados alimentos e medicamentos. De acordo com a Organização mundial da Saúde (OMS), este mal ocupa a quarta colocação entre as principais doenças crônicas (leia mais aqui). O jornal francês Le Figaro elaborou uma lista com fatores menos conhecidos que podem acarretar em alergia respiratória. Cuidado com as alergias cruzadas – Trata-se de um problema que acontece quando um paciente desencadeia um segundo processo alérgico após sofrer de outro. Um indivíduo alérgico a uma substância (como o pólen) pode reagir ao outro (um alimento) se eles compartilham proteínas semelhantes. O alérgeno de frutas, por exemplo, gera reações mais ou menos graves, como coceira no em torno da boca, lábios inchados ou até mesmo choque anafilático. Álcool e pólen: Coquetel para alérgicos – Bebida alcoólica, especialmente o vinho, é um fator agravante de rinite e asma alérgica, apontou um estudo sueco publicado em 2005 na revista Respiratory Medicine. Pesquisadores da Universidade de Lund mostraram que mais de 3% dos adultos relataram sintomas nasais após o consumo de álcool, sendo que as mulheres são mais afetadas que os homens. Além disso, aqueles que relataram esses sintomas eram mais propensos a sofrer de rinite alérgica, asma ou bronquite crônica. O vinho é alergênico porque é composto de vários alérgenos, incluindo uva e ácido acético. Além disso, o álcool aumenta a permeabilidade da mucosa intestinal. Estresse agrava os sintomas – Pesquisadores norte-americanos da Universidade de Ohio (EUA) constataram que pessoas alérgicas são mais estressadas do que outras. Embora nenhuma ligação direta tenha sido demonstrada, os participantes do estudo relataram que seus sintomas ficavam mais deflagrados em dias muito estressantes. Os pesquisadores recomendam meditação, evitar cigarro e cafeína, e separar um tempo para relaxar.  Clima e pólen – O clima desempenha um papel importante no desencadeamento de alergias, sendo responsável por dispersar o pólen através do vento. Um dia ensolarado pode ser, muitas vezes, sinônimo de espirros repetidos, mas tempos chuvosos também causam reações. “A tempestade projetada no solo que o pólen se divide em pequenas partículas alergênicas podem atingir os brônquios”, explica a Dra. Dr Marie-Laure Mégret Gabeaud, alergologista e membro da Rede Nacional de Vigilância Aerobiológica (RNSA) da França. Alcançando os brônquios, o pólen gera irritação e causa a inflamação que provoca crise de asma. Simples ações diárias – Para melhorar a qualidade do ar em casa e se livrar de alérgenos, a limpeza é a melhor aliada. Diariamente, abra as janelas para ventilar o ambiente, principalmente a roupa de cama – mude as fronhas pelo menos uma vez a cada dois dias -, e não exagere no uso de ar condicionado. Durante a polinização (na primavera) evite caminhadas no campo ou esportes ao ar livre, para evitar o contato com o pólen.

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