29 de junho de 2016

Debate: A utilização de pulmão artificial no tratamento de gestante com H1N1 – Rio de Janeiro (CHN)

Sessão clínica debaterá a utilização de pulmão artificial no tratamento de gestante com H1N1

O CHN usou uma membrana extracorpórea (ECMO) pela primeira vez na região Leste Fluminense e salvou a vida de jovem e de seu bebê

A próxima edição da Sessão Clínica do CHN – Complexo Hospitalar de Niterói –, cujo tema será Jovem, Grávida, Sintomas Gripais. Após Cinco Dias em Coma, Não Mais Grávida e Dependendo de Aparelhos, abordará o tratamento de uma paciente de 29 anos, grávida de seis meses, diagnosticada com H1N1, que precisou fazer uma cesárea de emergência e utilizou a técnica chamada de Oxigenação por Membrana Extracorpórea (ECMO, na sigla em inglês), um pulmão artificial que a manteve com vida na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) enquanto seu filho também lutava para sobreviver na UTI Neonatal.

O encontro, promovido pelo Centro de Estudos do hospital, será realizado amanhã, quinta-feira (30/6), às 7h30, no Auditório Humberto Dantas, sétimo andar. A sessão será ministrada pelos profissionais de saúde do hospital: Ronaldo Vegni, médico da Unidade Coronariana Intensiva (UCI); Marília Góes, residente do Centro de Terapia Intensiva (CTI); Aline Hung, enfermeira da UCI; e Lauro Bruno Alves, fisioterapeuta do CTI.

O debate científico é voltado a todos os profissionais de saúde e acadêmicos. Para obter outras informações, entre em contato pelo telefone (21) 2729-1154 – Centro de Estudos. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no próprio local, por ordem de chegada. As vagas são limitadas!

Entenda o caso

Pela primeira vez na Região Leste Fluminense um pulmão artificial salvou a vida de uma paciente com quadro grave de insuficiência respiratória. Pioneiro na utilização da chamada Oxigenação por Membrana Extracorpórea (ECMO, na sigla em inglês), o CHN fez uso da tecnologia em Andrea Vasconcelos, de 29 anos, grávida de 29 semanas (cerca de seis meses), que, após a internação com quadro grave de tosse e febre alta, foi diagnosticada com o vírus Influenza A – H1N1.

A paciente deu entrada no hospital no dia 22 de abril e teve uma piora em seu estado de saúde que levou a equipe médica a tomar a decisão de interromper a gravidez, realizando a cesárea. “Dependendo da idade gestacional, é uma opção fazer uma interrupção para tentar salvar a mãe e o bebê. Optamos por fazer o parto, com plena certeza e segurança, pois contávamos com todo o suporte tecnológico e humano das UTIs – geral e cardiológica –, além de um Centro Cirúrgico Obstétrico moderno, uma equipe especializada em gravidez de alto risco e a retaguarda de uma UTI Neonatal preparada para receber o bebê, que nasceu com 29 semanas, pesando cerca de 1.200 gramas”, relatou Moyzes Damasceno, coordenador das UTIs do CHN.

Andrea ficou 45 dias em coma induzido e na UTI Cardiológica foi submetida por uma semana à ECMO, que substitui a função dos pulmões. Segundo Valdênia Pereira de Souza, coordenadora do CHN Cardiovascular, a paciente utilizou dois equipamentos para mantê-la oxigenada adequadamente: o ventilador mecânico e a membrana extracorpórea. “A estrutura do CHN conta com uma equipe multidisciplinar que está preparada para a utilização dessa tecnologia. O pulmão artificial permite que o organismo funcione de forma mais lenta e o órgão original descanse para recuperar-se da infecção”, explicou a cardiologista.

Daniela Machado, coordenadora da Obstetrícia do CHN destaca: “O parto foi difícil, principalmente pelo estado de saúde grave da mãe que estava sob cuidados intensivos, isso representou um alto grau de risco, mas estávamos com todo o suporte da maternidade e da estrutura hospitalar”.

Mas não foi só Andrea que lutou pela vida, seu filho também resistiu bravamente às 29 semanas de prematuridade e veio ganhando peso durante a internação na UTI Neonatal do CHN. “Desde os primeiros momentos, o recém-nascido recebeu total assistência para desenvolver-se o necessário, mesmo fora da barriga da mãe. O bebê evoluiu muito bem”, enfatizou Leonardo Nese, coordenador do CHN Materno-Infantil.

Andrea recebeu alta hospitalar dia 22/6 e seu bebê, após mais de dois meses de internação na UTI Neonatal, foi para casa dia 28/06 pesando 2,886 quilos.

Confira o depoimento dos pais e da equipe médica envolvida no tratamento:

https://www.youtube.com/watch?v=ysRpYATQQ_g

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