Mundo | 20 de novembro de 2014

Estudo mostra anormalidades no tecido mamário que possuem potencial de evolução para tumor

HDA e HLA aumentam risco de câncer de mama
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As descobertas de um amplo estudo, publicado na revista especializada Cancer Research Prevention, têm gerado impacto na compreensão atual dos diagnósticos de câncer de mama. Os resultados sugerem que dois tipos de anormalidades do tecido da mama têm o mesmo potencial de evolução para o câncer.

A pesquisa apontam para a importância de uma nova abordagem em relação à Hiperplasia Ductal Atípica (HDA) e à Hiperplasia Lobular Atípica (HLA). Ambas confeririam o mesmo risco de desenvolver câncer de mama.

O trabalho, que durou 12 anos, envolveu 689 mulheres (327 com HLA; 330 com HDS e 32 com biópsias positivas para ambas as atipias). Segundo a principal autora do trabalho, a oncologista Lynn C. Hartmann, da Mayo Clinic, dos Estados Unidos, “as conclusões desafiam a antiga crença de que a HDA é um precursor direto do câncer de mama ipsilateral, enquanto a HLA é um marcador menos específico”.

Os dois tipos demonstraram aumentar igualmente o risco de câncer de mama: 75% dos casos de câncer nas mulheres com HDA eram tumores invasivos. No grupo HLA, o índice subiu para 87%. O carcinoma ductal representou de 77% a 78% em ambos os grupos.

Durante o período de acompanhamento, 143 mulheres desenvolveram câncer de mama. No subgrupo de pacientes com HLA, o tempo médio entre a biopsia benigna e o diagnóstico de câncer foi de 6 a 10 anos. Cerca de 16,7% das pacientes desenvolveram a doença entre 11 e 25 anos após a biópsia e 11,7% tiveram o diagnóstico mais de 15 anos depois.

Três em cada 10 pacientes do grupo HDA e 21% do HLA apresentaram comprometimento linfonodal. Para os especialistas, tanto a HDA quanto a HLA representam significativos indícios pré-malignos e sugerem que é importante encaminhar esse perfil para um especialista, para que se avalie a necessidade de tratamentos mais abrangentes.

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