Estado de Nova York move ação antitruste contra empresa farmacêutica
Empresa é acusada de tentar neutralizar concorrência em relação à droga que combate AlzheimerA Procuradoria-Geral do Estado de Nova York, apresentou um processo antitruste contra a empresa Forest Laboratories, acusando-a de monopólio dos remédios que combatem o Alzheimer.
A Forest Laboratories, propriedade da Actavis, havia anunciado em fevereiro do ano corrente que iria parar de vender a droga Namenda (medicamento genérico, memantina, prescrito para tratamento de Alzheimer em estágios moderado e grave), para abrir espaço no mercado para a nova versão, a Namenda XR, cuja utilização diária indicada é de um comprimido, e não mais dois. A medida, segundo a Procuradoria norte-americana, visa neutralizar a concorrência de versões genéricas de baixo preço da medicação.
A empresa alega que os pacientes aprovaram a nova droga. Porém, a procuradoria entende que a empresa tem como objetivo migrar os pacientes para um medicamento com patente de vida útil mais prolongada.
Em comunicado oficial, publicado no The New York Times, o procurador-geral Eric Schneiderman declarou que “a empresa farmacêutica está manipulando pacientes vulneráveis e forçando os médicos a alterar os tratamentos desnecessariamente, simplesmente para proteger os lucros. É antiético e ilegal”.
Segundo o jornal, o único comentário emitido pela Actavis sobre o caso é que o Namenda XR traz “vantagens significativas” para os usuários. O processo alega que o benefício não é muito grande e que a empresa decidiu forçar a mudança porque temia que poucos pacientes iriam fazer essa troca de forma voluntária.
Mais de 4,4 milhões de prescrições foram emitidas para as novas e velhas formas de Namenda no primeiro semestre de 2014 nos EUA. Cerca de 40% dos usuários já mudaram para a nova forma, de acordo com a ação judicial. A droga rendeu mais de US $ 1,5 bilhão no último ano fiscal, encerrado em março. O medicamento custa cerca de US $ 300 por mês.