Mundo | 10 de abril de 2014

Droga dobra tempo de evolução de câncer

Medicamento em teste é grande aposta da Pfizer
Droga dobra tempo de evolução de câncer

Uma droga experimental da Pfizer contra o câncer de mama dobrou o tempo em que um tumor se manteve sem se desenvolver.

O estudo ainda em Fase 2, envolveu mulheres com câncer de mama em estágio inicial e também em casos metastáticos. Os testes mostraram que as pacientes tratadas com letrozol e palbociclib, da Pfizer, viveram cerca de 20,2 meses sem que o câncer evoluísse. Já entre aquelas que foram medicadas apenas com letrozol, o período médio foi de 10,2 meses.

Os resultados garantiram ao palbociclib o status de “avançado” na avaliação do FDA, órgão regulador norte-americano. A empresa ainda analisa o caminho regulatório para a droga e não decidiu se vai buscar uma aprovação acelerada com base em resultados de Fase 2 do ensaio. Esta etapa da pesquisa é quando se avalia, em grupos entre 70 e 100 pacientes, a eficácia da medicação e também são obtidas informações detalhadas sobre sua toxicidade. Só quando os resultados são bons , o medicamento passa a ser estudado em Fase 3.

Na Fase 3, o tratamento em teste é comparado com o tratamento padrão existente. Em alguns casos, o estudo também verifica se a combinação de dois medicamentos é melhor do que a utilização de um medicamento somente. O número de pacientes analisados fica entre 100 e mil. Geralmente, os pacientes são divididos em dois grupos: um recebe o tratamento padrão e outro, investigacional, recebe a nova medicação. A divisão é feita sob forma de sorteio.

O fármaco da Pfizer é visto como um dos mais importantes medicamentos experimentais da empresa, com alguns analistas acreditando que poderá ser render lucros anuais de mais de US$ 5 bilhões, quando estiver no mercado.

Os efeitos colaterais observados no estudo, incluindo a queda na quantidade de células de sangue e fadiga, são controláveis, garantem os pesquisadores. A Pfizer iniciou testes de fase 3 em pacientes com câncer de mama.

As empresas Novartis e Eli Lilly & Co também estão desenvolvendo tratamentos semelhantes, utilizando palbociclib, mas em estágios mais iniciais. A Eli Lilly demonstrou que uma droga em estudo (LY2835219), usada sozinha, diminuiu os tumores em 25% das mulheres com câncer de mama estrogênio positivo metastático, e estabilizou o câncer em 55% do mesmo grupo de mulheres.

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