Na manhã do dia 2 de setembro, o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Cdes-RS), chamado Conselhão, se reuniu para tratar de estratégias para integrar políticas para a melhoria da saúde do Estado. O encontro do grupo de trabalho discutiu assuntos referentes ao tema, com a participação de especialistas e membros do governo gaúcho.

A secretária de saúde, Sandra Fagundes, demonstrou a importância de tornar o setor saúde um promotor do desenvolvimento social através de uma agenda coletiva, visando a empregabilidade, a melhoria do parque tecnológico, desenvolvimento de novas tecnologias e a formação de recursos humanos (RH).

O objetivo da reunião era a reflexão sobre a área da saúde se tornar, de fato, um fator de desenvolvimento social, independentemente de ser originado da área pública ou privada. O diretor executivo da FEHOSUL, médico Flávio Borges, considerou que esta visão do setor saúde “realmente resultará no melhor atendimento ao cidadão que deseja, realmente, ser bem servido, seja pelo setor público privado, ou seja, por Parceria Pública Privada (PPP) que já demonstram maior efetividade em suas ações”, resumiu.

Fernando Torelly, representando o Sindihospa, realçou a importância do setor hospitalar, onde a criação de um leito gera cinco novos empregos. O especialista demonstrou especial preocupação com a formação de RH no Estado, bem como a necessidade de novos centros formadores com adequadas áreas de estágios. Já a Dra. Nadine Clausell, representando o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, destacou a necessidade de estabelecer foco no ensino, na formação de recursos humanos e na melhor efetividade dos leitos e recursos disponíveis. A reunião entendeu que toda atividade da saúde deve focar na melhor prestação de serviço ao cidadão, independentemente se a ação vem do setor público ou privado.

Outros temas foram abordados na reunião, como a evolução do Lafergs (Laboratório Farmacêutico do RS), as linhas de financiamento do BNDES viabilizados pelo Banrisul e a criação de APLs (Arranjos Produtivos Locais) focados na área da saúde. A ADGI (Agência de Desenvolvimento e Investimento) afirma que, atualmente, existem 80 empresas no Estado com produção focada na saúde.