Geral | 28 de junho de 2016

Campanha incentiva doação de Medula Óssea

Ação da ONG Doutorzinhos tem lançamento dia 29 de junho
Campanha incentiva doação de Medula Óssea

O Hospital Moinhos de Vento e a ONG Doutorzinhos lançam uma campanha para incentivar o cadastramento no banco de doação de Medula Óssea e reforçar a importância de manter os dados atualizados. Também apoiam a ação, o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Hospital da Criança Santo Antônio, Santa Casa de Misericórdia, Sociedade Brasileira de Dermatologia Secção RS e RBG Comunicação Gráfica.

O evento, que acontece no dia 29 de junho, às 8h30, no Anfiteatro Schwester Hilda Sturm (Rua Ramiro Barcelos, 910, Bloco C, 4º andar), integra as comemorações de um ano do Centro de Terapia Hematológica do Serviço de Oncologia do Hospital Moinhos de Vento. As postagens sobre a campanha nas redes sociais podem ser feitas e buscadas através da hashtag ‪#‎queeusejaodoador.

A unidade é especializada em doenças onco-hematológicas, incluindo transplantes de Medula Óssea. Durante esse  período, foram realizados 17 transplantes  de medula óssea. Para marcar a data, uma atividade científica será realizada nos dias 01 e 02 de julho. A programação completa pode ser conferida no site www.iepmoinhos.com.br/eventos.

O Brasil tem o terceiro maior banco de doadores de medula óssea do mundo, atrás somente dos EUA e da Alemanha. A doação pode salvar vidas de pacientes com doenças hematológicas como leucemias e linfomas. Segundo a responsável pelo centro, hematologista Claudia Caceres Astigarraga, a campanha é fundamental para disseminar as informações. “É comum a prática de se cadastrar por impulso e esquecer de atualizar os dados. Isso dificulta a sua localização e impede que o processo seja realizado. A doação de medula óssea é um compromisso que salva vidas”, reforça.

A médica também esclarece que a doação é segura. “Em três semanas, o corpo do doador refaz as células que foram doadas, permitindo que ele faça uma nova doação, caso seja necessário. A coleta de células-tronco ou medula óssea não gera qualquer impacto ou risco sobre a capacidade de locomoção do doador”.

O coordenador da ONG Doutorzinhos e idealizador do grupo, Maurício Bagarollo, destaca que o transplante de medula é a única esperança de cura para milhares de portadores de leucemia e de algumas outras doenças do sangue. “Esse é um gesto de solidariedade e amor ao próximo, dois dos princípios fundamentais na ONG”, reforça.

Com a inauguração do novo prédio de internação do Hospital Moinhos de Vento, previsto para 2017, o Centro de Terapia Hematológica disponibilizará 20 leitos para transplantes de medula e terapia hematológica.

Passo a passo para se tornar um doador

Quem pode doar

Pessoas entre 18 e 55 anos de idade em bom estado de saúde;

Como se cadastrar no banco de medula óssea

Basta ir ao Hemocentro de sua cidade ou região. No local, será necessário preencher um cadastro e fazer uma coleta de amostra de sangue, que permitirá que o banco encontre um doador compatível.

Atualização de dados

O cadastro é global. Por isso, é importante manter seus dados atualizados. Para fazer isso, basta ligar para (21) 3207-1580 – INCA, no menu REDOME (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea). A organização oferece ainda a opção “ligação a cobrar”, para que o doador não tenha custos ao alterar o cadastro. A atualização de dados também pode ser feita pelo site www.inca.gov.br

Qual o primeiro passo para o doador quando ele encontra um receptor compatível?

O doador passa por um exame clínico para certificar seu bom estado de saúde. Não há exigências quanto às mudanças de hábitos de vida, trabalho ou alimentação.

Como é feita a doação

A modalidade de doação mais comum é a feita a partir do sangue periférico do doador. O doador toma um remédio durante cinco dias para aumentar a produção de células-mãe. O sangue é então filtrado por uma máquina que retira as células e as devolve do sangue para as veias. Em geral, o processo de coleta dura de quatro a seis horas. Os efeitos colaterais do medicamento são dores no corpo, solucionadas com um analgésico. Outra modalidade de doação, hoje realizada em uma minoria de casos, envolve a coleta pelo osso da bacia, realizada com agulha, através de uma punção na região pélvica. O procedimento dura 90 minutos e é feito com anestesia. O doador fica um dia em observação após o término do procedimento. Como efeito, os doadores podem sentir dor no local da inserção da agulha semelhante à de uma injeção, que regride em uma semana.

Posso desistir do processo após encontrar um receptor compatível?

Como um voluntário, o doador de Medula Óssea não tem obrigação legal de realizar a doação. Sendo assim, a desistência é possível. Entretanto, o doador deve ter a consciência de que se a decisão for tomada tardiamente poderá comprometer a vida do seu receptor.

 

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