Mundo | 11 de janeiro de 2013

Alemanha elimina o sistema de coparticipação em consultas médicas

Medida deve gerar economia de 1,8 milhões de euro ao ano para a população do país
Alemanha elimina o sistema de coparticipação em consultas médicas

Desde o início deste ano, os alemães que utilizam o sistema público de saúde do país não precisam mais pagar os 10 euros de coparticipação a cada três meses, como era feito desde 2004 com a implantação do sistema. Em ano de eleições no país, a primeira-ministra alemã, Angela Merkel – na contramão de outros países europeus as voltas com a crise de financiamento – revogou a medida, que vai promover uma economia de 1,8 milhões de euros por ano à população.

A retirada do sistema de coparticipação nas consultas deve afetar o seguro público de saúde, que precisará aumentar a remuneração aos médicos que antes ficavam com os 10 euros pago pelo paciente como parte da remuneração.  O governo afirma que esse gasto extra com os médicos passará a ser pago diretamente pelo Ministério da Saúde do país.

O sistema de coparticipação havia sido  instituído  como forma de diminuir o número de consultas tidas como desnecessárias, além de incentivar o atendimento via médico de família – que deveria servir como um filtro –, antes do paciente de recorrer a um especialista.

Segundo dados, que agora se divulga, os objetivos da implantação do sistema de coparticipação não foram atingidos. O número de consultas não diminuiu e supera os 500 milhões de atendimento por ano. Estudos apontaram que o sistema afetou apenas as famílias mais carentes e vulneráveis socialmente,  cujo dispêndio de 10 euros por consulta, fazia  falta no orçamento familiar.

No começo do ano outro país europeu aprovou, juntamente com outras medidas, a cobrança de 1 euro por receita, com o intuito de diminuir gastos com medicamentos. A Espanha vem modificando fortemente a sua política nacional de saúde em função da crise, autorizando privatizações e criando sistemas de coparticipação.

 

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