Gestão e Qualidade | 18 de fevereiro de 2015

5 problemas hospitalares comuns que custam caro

Estratégias que podem ajudar a corrigir falhas nas instituições 
5 problemas hospitalares comuns que custam caro

Setores e procedimentos ineficientes em hospitais não apenas interferem no fluxo de trabalho, como também custam bilhões de dólares a cada ano. Nos EUA, o Instituto Ponemon realizou uma recente pesquisa com mais de 400 profissionais de saúde e descobriu que sistemas de comunicação ineficiente, por exemplo, tem um impacto econômico anual de cerca de US$ 1,75 milhões para os hospitais e mais de US$ 11 bilhões em toda a indústria da saúde.

Algumas medidas podem resultar em melhorias imediatas, gerando economias em termos de tempo, pessoal e dinheiro. Para ajudar a buscar soluções, o site norte-americano Healthcare Dive elaborou uma lista com cinco estratégias que podem ajudar a corrigir falhas nas instituições.

1. Métodos de comunicação inadequados

Os resultados da pesquisa mostraram que as principais razões para os desafios do fluxo de comunicação foram a ineficiência dos pagers (bip, bipe ou radiomensagem), um dispositivo eletrônico usado para contatar pessoas através de uma rede de telecomunicações. Em muitos hospitais, ainda são usados em grande escala por médicos e enfermeiros. O seu uso deve ser avaliado, pois novas tecnologias podem substituir este dispositivo com maior qualidade. A incapacidade de usar mensagens de texto nos celulares e a falta de disponibilidade de redes Wi-Fi também foram apontados causas de problemas que acarretam maiores custos. Os entrevistados concordaram que o uso de mensagens de texto de forma confiável poderia aumentar a produtividade e minimizar a perda econômica em cerca de 50%. Isso equivaleria a uma economia anual de US$ 875 mil por hospital.

2. As exigências de documentação duplicadas

Eliminar ineficiências na metodologia de documentação permite aos médicos passar mais tempo com os pacientes e também ajuda no sistema de fluxo dos pacientes. O primeiro passo consiste em realizar uma breve pesquisa interna, com o objetivo de identificar os requisitos de documentação duplicados e, quando houver, eliminar processos desnecessários. Se essas duplicações estão relacionadas à registros em papel ou ao uso de papel juntamente com registros eletrônicos, é preciso desenvolver formulários padronizados mais racionais.

3. Fluxo de pacientes ineficiente

Lidar com um grande número de pacientes que se deslocam dentro e fora do hospital, de um departamento para outro, inevitavelmente leva a problemas de fluxo de pessoas. Um bom exemplo para ajudar os hospitais a tratar a questão vem do Institute of Healthcare Improvement, que tem desenvolvido um trabalho (chamado, em tradução livre, de Otimizando o Fluxo de Pacientes: Movendo Tranquilamente Pacientes de um Setor ao Outro) que pode ser a chave para melhorar o fluxo (ver aqui, em inglês). A sugestão é redesenhar os processos de todo o sistema de movimentação interna. Algumas das estratégias recomendadas pelo IHI incluem avaliar o fluxo de pacientes por meio da revisão de ocupação e locais de espera, ou “parking”, dos pacientes, designando áreas separadas para cirurgias programadas e não-programadas, além de proporcionar um processo de agendamento de data e hora da alta do paciente com pelo menos um dia de antecedência.

4. Internações inadequadas e tempo excessivo de permanência

Profissionais, por vezes, admitem pacientes internados no hospital ou os mantêm por mais tempo do que o necessário, por não haver um lugar alternativo para enviá-los. Fornecer uma gama de recursos (por exemplo, assistentes sociais, lares de idosos, centros de saúde, centros de enfermagem especializados, serviços de reabilitação) pode ajudar a reduzir ou eliminar este problema.

5. Reconciliação medicamentosa incorreta

A Reconciliação Medicamentosa – processo para identificar e corrigir falhas e problemas no sistema de medicação -, se for inadequada ou incompleta pode levar a erros de medicação. Uma das razões para os hospitais terem dificuldade com a reconciliação medicamentosa é que os pacientes têm pouco histórico sobre os medicamentos que já utilizaram, o que torna difícil o desenvolvimento de uma lista completa de drogas a serem usadas. Solicitar que os pacientes levem as receitas das medicações utilizadas para a instituição e entrar em contato com as empresas provedoras e farmácias pode ajudar a construir uma lista mais precisa. Outro grande obstáculo para a reconciliação medicamentosa é a falta de um processo adequado para conciliar medicamentos em cada ponto de atendimento. Desenvolver formulários padronizados, e promover reavaliações periódicas do Registro Eletrônico de Saúde (EHR, na sigla em inglês) pode ajudar a garantir que a lista de medicamentos está sendo corretamente atualizada.

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